Juros altos não freiam apetite por imóveis de luxo em São Paulo; entenda motivos
Investidores e moradores de outras cidades buscam imóveis em áreas nobres da capital paulista
O consumidor de alta renda mantém elevada a intenção de compra por imóveis de luxo. É o que mostra uma pesquisa feita pela High Imóveis Especiais em parceria com o Instituto Hibou, com 557 moradores de São Paulo de alta renda, com moradia própria e idade média de 35 anos. Embora a Selic esteja em 14,75% ao ano, os rendimentos combinados de aluguel e valorização dos imóveis podem superar esse porcentual.
Segundo o levantamento, 31% dos entrevistados afirmaram que planejam adquirir um novo imóvel nos próximos 18 meses, metade deles em até um ano. Para 42% dos entrevistados, a compra é importante para manter parte do patrimônio em ativos imobiliários, tanto pela segurança quanto pelo potencial de retorno financeiro.
“O brasileiro está descobrindo que, ao aplicar no mercado imobiliário, comprando bem, há chance de ganhos extraordinários”, afirma o sócio da High Imóveis, Pedro Assunção.
Os bairros mais procurados são Jardins, Vila Nova Conceição, Pinheiros e Vila Olímpia.
O executivo lembra que o ganho potencial com imóveis está ligado tanto ao valor recebido com aluguéis quanto com o valor da revenda do ativo. Um estudo feito pelo FGV/Ibre junto à plataforma imobiliária Quinto Andar mostrou que, em 2024, o rendimento médio dos imóveis colocados para locação ficou em 6,2%, e o preço das propriedades subiu 12,9%, o que representa um ganho de 19,1% ao ano. O estudo considerou dados das cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Segundo a pesquisa da High Imóveis com a Hibou, a maioria dos consumidores de alta renda (53%) procura imóveis com um corretor de segurança, sendo a internet a segunda principal fonte de pesquisa (36%) e a visita ao local desejado a terceira (34%).
O levantamento aponta também que os principais motivos para a aquisição de um imóvel são a localização (79%) e o tamanho do imóvel (58%). Entre os compradores em potencial, 35% consideram a compra de uma propriedade devido à oportunidade de investimento e valorização.